Correios lançam coleção de selos em homenagem aos queijos brasileiros
O engenho humano é mesmo incrível, capaz até de transformar leite em queijo! Brincadeiras a parte, queijo é um dos alimentos mais consumidos e venerados no mundo e o Brasil é pródigo nessa riqueza. Espalhados pelo Brasil, com diferente formas de produção e sabores únicos, os queijos artesanais vão ganhar mais uma honraria: serão representados em uma coleção de selos impressa pelos Correios, batizada “Queijos Brasileiro”.
Os selos são ilustrados com fotos de queijos das cinco regiões brasileiras.
Queijo Minas artesanal – Belo Horizonte/MG
A produção deste queijo surgiu no século XVIII para a subsistência das famílias instaladas nos territórios minerados e para abastecer outras regiões da província e também para a então capital Rio de Janeiro. Com 10 mil famílias dedicadas a sua produção, o governo de Minas Gerais reconhece oficialmente oito regiões produtoras do Queijo Minas Artesanal (Araxá, Campo das Vertentes, Canastra, Cerrado, Serra do Salitre, Serras do Ibitipoca, Serro e Triângulo).
Queijo Marajó – Belém/PA
Com 200 anos de história, o Queijo Marajó chegou ao Brasil por meio dos colonizadores portugueses e franceses. Produzido do leite de gado bubalino ou de uma composição do leite bubalino e bovino, este queijo pode ser do tipo manteiga ou do tipo creme. A relevância da Indicação Geográfica para o produto é imensa, por valorizar e proteger a maneira de fazer, a cultura, a identidade e agregar valor aos produtos tradicionais, abrindo mercados, promovendo o desenvolvimento econômico da ilha.
Queijo Cabacinha do Araguaia – Goiânia/GO
Declarado patrimônio cultural nos Estados de Goiás e do Mato Grosso, o Queijo Cabacinha do Araguaia possui, internamente, camadas como uma cebola. O modo de preparo é diferente de queijos cabacinha de outras regiões. Apresenta o sabor do leite mais característico. Podendo ser servido frito, ele fica crocante por fora e cremoso por dentro. O queijo é comercializado congelado e curado.
Queijo Coalho – Recife/PE
Com registros de descrição no século XVII, o sertanista Pery Lamartine relatava que o Queijo de Coalho era o queijo de consumo da casa e de venda na feira local.
Queijo Manteiga – Natal/RN
O Queijo de Manteiga, produzido junto ao Queijo Coalho, foi relatado pelo sertanista Pery, como um queijo próprio para “conservação”, produzido para guardar para os longos períodos de seca e também para comercializar em longas distâncias.
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Queijo Artesanal Serrano – Porto Alegre/RS:
Considerado o primeiro Queijo com Indicação Geográfica na modalidade Denominação de Origem do Brasil, o Queijo Artesanal Serrano é produzido localmente e em pequena escala com um modo de fazer passado de geração a geração. Exclusivo da região dos Campos de Cima da Serra de Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, o queijo artesanal Serrano é feito com leite bovino cru e integral. Por isso, possui sabor, aroma e textura bem peculiares.
Queijo da Região do Diamante – Florianópolis/SC
Trata-se de queijo produzido com leite cru, a uma altitude média de 700 metros, conferindo-lhe características especiais, influenciadas pela temperatura, umidade e suas pastagens nativas. O Queijo da Região do Diamante é produzido por aproximadamente 25 famílias.
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Queijo Artesanal Paulista – São Paulo/SP:
Considerado inovador, o Queijo Artesanal Paulista é uma sinergia entre produtores de diversas regiões do estado. Cada produtor possui suas características, história, rebanho, mas sempre com o mesmo propósito – levar ao consumidor produtos elaborados com técnica, qualidade e muito sabor.
Arte dos selos
A emissão é composta por oito fotos de autoria de Angélica Gitana Batista Gomes, Fernando Coelho Sette Câmara, Fernando Kluwe Dias, Maria Luiza Giudicissi Valente, Remy Narciso Simão e Susete Oliveira Resende Ferreira, além da Associação dos Produtores Artesanais de Queijo do Serro. Os selos possuem arte final de Jamile Costa Sallum (Correios). Com tiragem de 320 mil exemplares e valor unitário de R$ 1,05, a folha com 16 selos está disponível para venda na loja virtual e nas principais agências dos Correios.
Ah, meu Deus! Que vontade de viajar pra provar cada um!
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