Vinícola Santa Carolina reverencia sua musa e foca no Brasil

Texto: Daniela Maciel / Fotos e edição: Carla Silva

Presente no Brasil há mais de 20 anos e conhecido pelos seus rótulos Reservados, o vinho chileno Santa Carolina apresenta agora uma nova roupagem e uma nova categoria: o Reserva. A nova logomarca é o perfil da sua inspiradora, Carolina Iñiguez.

A estampa elegante e ao mesmo tempo alegre vem pra renovar a imagem da vinícola. O objetivo é mostrar aos brasileiros que os vinhos Santa Carolina vão muito além do que é encontrado nos supermercados e que o componente emoção está no DNA da produtora de vinhos que foi a primeira chilena a conquistar um prêmio internacional, ainda no século XIX.

Enquanto o vinho reservado é um vinho “de entrada”, menos complexo, o reserva abre uma linha mais sofisticada, que passou obrigatoriamente por um envelhecimento em madeira. De acordo com o chef de cozinha e consultor da Casa Flora Importadora, Luciano Contarini, os vinhos reserva da Santa Carolina são provenientes de vales específicos.

“Cada vale tem as suas variedades e uma que é a melhor daquele lugar. Então o que a Santa Carolina faz é utilizar de cada vale apenas aquela que é sua a melhor. Isso agrega valor ao vinho e garante a qualidade superior ao produto”, explica Contarini.

Em 1875 o empresário Luis Pereira criou a vinícola e a batizou em homenagem à sua esposa. A história do empreendimento se confunde e se espelha na história da sua proprietária e inspiradora, Carolina Iñiguez, uma famosa anfitriã de sua região.

A Viña Santa Carolina é a marca mais emblemática da Carolina Wine Brands. Com forte presença em nível mundial, seus principais mercados são: Canadá, Brasil, Japão, Chile, México, China e Estados Unidos. Ao longo dos últimos anos, manteve um crescimento constante que lhe permitiu chegar a 25 milhões de garrafas vendidas.

Depois de enfrentar um forte terremoto em 2010, que afetou gravemente a produção, ao completar 140 anos, em 2015, a vinícola foi eleita a Melhor do Novo Mundo, pela conceituada revista norte-americana Wine Enthusiast, reabriu a loja e voltou a receber turistas.

CASA FLORA

O sabor já tão conhecido no Brasil, também se relaciona especialmente com a história de seus importadores. A Casa Flora é também uma empresa de família, surgida no Distrito de Flora, em Três Corações, no Sul de Minas, produzindo e vendendo os melhores queijos da região, pelo patriarca Antônio Pereira Carvalha, o sr. Totonho.

Enquanto a produção de queijo do senhor Totonho conquistava cada vez mais admiradores e os negócios prosperavam, em 1970 Adilson José Carvalhal, inspirado na força e perseverança do pai, abre a loja Casa Flora, no bairro do Brás, no Centro de São Paulo, bem próximo à Casa da Mussarela, que já tinha uma forte clientela e amigos na região da efervescente área cerealista.

Em 1992 a casa se tornou uma importadora. Atualmente são mais de dois mil itens, entre produtos gastronômicos, eno-gastronômicos e acessórios. Principalmente vinhos – exclusivos de várias regiões do mundo. Hoje, sediada confortavelmente no mesmo endereço, a importadora distribui para todo o Brasil e tem escritórios e showrooms no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte. A instalação da unidade na capital mineira é, de alguma forma, também uma volta às origens, segundo gerente de vendas da unidade Belo Horizonte, Rodrigo Hermeto.

“Estamos há dois anos no bairro Sion, na região Centro-Sul, e trabalhar o mercado mineiro exige dedicação. Os mineiros são exigentes e tem uma culinária muito própria. Então mesmo quando estão fazendo uma culinária contemporânea ou internacional, querem os melhores produtos, estudam, e fazem tudo de um jeito mineiro. Por isso estar aqui é tão importante e é uma reverência ao estado onde a Casa Flora nasceu”, revela Hermeto.