Em Jequitibá uma festa de saberes e sabores
No dicionário a palavra “folclore” quer dizer conjunto de tradições e manifestações populares constituído por lendas, mitos, provérbios, danças e costumes que são passados de geração em geração. A palavra tem origem no inglês, em que “folklore” é formada pela junção de folk (povo) e lore (sabedoria ou conhecimento).
Minas Gerais é, certamente, um dos lugares mais privilegiados quando o assunto é folclore no Brasil. E é no segundo fim de semana de setembro – entre os dias 13 e 15, que Jequitibá, na região Central, abre as portas para receber a 31ª edição do seu Festival de Folclore.
A programação deste ano tem logo na abertura um grande acontecimento. A abertura do Festival Internacional de Corais (FIC) vai ser celebrada em conjunto. Assim que estiver na cidade de pouco mais de 5 mil habitantes vai poder apreciar a abertura dos dois eventos ao mesmo tempo.
A programação vai ser intensa, com presença de grupos locais e artista de renome nacional como: Família Alcântara, Pereira da Viola, Celso Moretti, Rubinho do Vale, Chama Chuva, Coral “Cantoria Popular do Chile” e Rubinho do Vale, são alguns dos destaques. Nos três dias também serão oferecidas oficinas de Patrimônio, Artesanato, Gastronomia com insumos da região. Também gratuitas, as oficinas terão as inscrições são feitas durante o Festival.
Rubinho do Vale, violeiro, cantor e compositor brasileiro nascido na cidade de Rubim, no Vale do Jequitinhonha, vai fazer o lançamento do DVD do seu mais recente trabalho “Viva o Povo Brasileiro”. O show gratuito também na noite do dia 13 de setembro.
Mas como Minas Gerais não existe sem comida boa e farta, um dos pontos altos, certamente, será o Concurso Gastronômico. Em sua terceira edição, o Concurso deve agitar participantes e, especialmente, os apreciadores da culinária mineira. Os participantes são convidados a fazer um prato especial para o Festival com um ingrediente da culinária regional. O concurso acontece durante os três dias do evento, e os campeões são eleitos por um juri especializado e pelo público que vota nos pratos que são comercializados.
E como comida boa exige uma bebida igualmente saborosa e cheia de histórias, a pedida é conhecer as cachaças de região. Coincidência ou não, esse mesmo dia 13 (eita dia bão!) é oficialmente o Dia Nacional da Cachaça! E seguindo a linha das coincidências, a cidade é batizada com o nome de uma das madeiras nobres mais utilizadas para o envelhecimento da típica “marvada” mineira.
Uma dica colhida entre os moradores da cidade é não deixar de experimentar pelo menos um prato que leve cansanção. A iguaria, que é considerada uma PANC (Planta Alimentícia não Convencional), é uma folha que apresenta uma leve picância e se integra a receitas com frango, costelinha suína e outros preparos com perfeição. Também pode ser refogada pura e servida como acompanhamento ou, até mesmo, frita.
Além disso tudo, claro, muito artesanato, música, oficinas e boa prosa. A programação completa taí embaixo. E é “facim” de chegar, viu? Localizada a cerca de 110 quilômetros de Belo Horizonte, Jequitibá pode ser acessada pela BR040 e MG 238, passando por Sete Lagoas ou pela MG10, sentido São José de Almeida e Baldim, em uma viagem tranquila que costuma durar cerca de uma hora e quarenta minutos. A proximidade com o Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, é uma vantagem para quem vem de fora. A distância até Jequitibá é de apenas 65 quilômetros.