15 destinos nacionais que já valem pelo nome
Em meio aos seus 5570 municípios, o Brasil oferece uma infinidade de destinos que merecem ser conhecidos. A nossa riqueza natural, cultural e histórica garante a cada cantinho atrativos de todos os tipos. Mas tem lugares, que só pelo nome, já aguçam a curiosidade. Alguns são destinos tradicionais e oferecem uma boa estrutura turística. Outros ainda engatinham em termos de serviços turísticos mas, nem por isso, são menos interessantes.
Segue uma lista de acordo com o nosso gosto e sem hierarquia. É só uma amostra. Fique a vontade para nos contar aquele lugar que tem um nome que parece poesia aos seus ouvidos.
1 – PARQUE NACIONAL MONTE RORAIMA (Roraima)
O Monte Roraima localiza-se na divisa da tríplice fronteira entre os países Venezuela, Guiana e Brasil, sendo um dos principais destinos de turismo na América do Sul.
O Monte Roraima constitui um tepui, um tipo de formação montanhosa em formato de mesa, característico do planalto das Guianas. Delimitado por falésias de cerca de 1.000 metros de altura, seu platô apresenta um ambiente ímpar, completamente diferente da floresta tropical e da savana que se estende a seus pés do Monte Roraima.
A região do Monte Roraima é administrada e protegida na Venezuela pelo Parque Nacional Canaima e no Brasil pelo Parque Nacional do Monte Roraima. O ponto culminante do Monte Roraima está localizado no estado de Bolívar, na Venezuela, com a altitude máxima de 2.810 metros. O segundo ponto de maior altura da expedição ao Monte Roraima mede 2.772 metros e localiza-se em território guianense, ao norte do platô e próximo ao marco da tríplice fronteira.
2 – SÃO MIGUEL DO GOSTOSO (Rio Grande do Norte)
Como resistir? O povoado de Gostoso foi fundado em 29 de setembro de 1884, exatamente, no dia dedicado a São Miguel pelo missionário frei João do Amor Divino. Nesse dia, segundo informações de moradores mais antigos da localidade, o missionário fincou na praia hoje denominada Maceió, um cruzeiro com o objetivo de marcar a data. Inicialmente o local do cruzeiro foi usado de forma improvisada para a celebração de missas, de batizados e de casamentos e posteriormente passou a ser utilizado como cemitério.
O nome Gostoso, segundo registros dos mais antigos, vem de um vendedor ambulante morador na localidade que pelo fato de viajar frequentemente, era considerado um homem bem informado sempre trazendo as notícias de outras regiões e as pessoas do povoado aguardando ansiosamente a sua chegada para se atualizarem das novidades. O fato é que o vendedor era um exímio contador de histórias, sempre acompanhadas de uma risada extremamente gostosa e contagiante. Devido a sua risada característica, o vendedor ficou conhecido por “Seu Gostoso” e rapidamente o nome gostoso passou a denominar o novo povoamento.
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No dia 29 de setembro de 1899, o Sr. Miguel Félix Martins um dos primeiros moradores de Gostoso, inaugurou uma igreja em pagamento a uma promessa feita a São Miguel, que passou a ser o padroeiro da comunidade. Com a igreja e a crescente devoção ao santo padroeiro, o povoado foi sendo chamado, naturalmente de São Miguel do Gostoso. Pela Lei nº 6.452, de 16 de julho de 1993, São Miguel do Gostoso conquistou sua emancipação política desmembrado de Touros e elevado a condição de município do Rio Grande do Norte com o nome de São Miguel de Touros.
Por força de plebiscito, o município voltou a denominação de São Miguel do Gostoso.
3 – CACHOEIRA DOURADA (Minas Gerais)
Até os primórdios do século passado, o hoje município de Cachoeira Dourada foi habitado por tribos indígenas da ramificação Caiapós, que desfrutavam de clima ameno, água e pesca à vontade; e cercados, de um lado, pelas impetuosas correntes do imponente Rio Paranaíba e, de outro, por densa floresta virgem, de mais de 20 quilômetros de largura, com onças e abundância de caça.
Antônio Leite, bandeirante paulista, partindo do Rio dos Bois, contemplou, em 1824, vislumbrado, pela primeira vez, ‘com olhos da civilização, o imponente tombo do Rio Paranaíba’. E não se conteve em divulgar, posteriormente, tal maravilha!
Relata-nos o historiador Edelweis Teixeira que: “o nome ‘Dourada’ lhe adveio da irisação dourada da fumaça após o tombo, quando o observador a vê do meio-dia para a tarde. É de ver-se então o arco-íris, ora aqui, ora acolá, à proporção que o sol descamba para o acaso”.
4 – JALAPÃO (Tocantins)
Destino já conhecido pelos apaixonados pelo ecoturismo e turismo de aventura. Localizada no Estado do Tocantins, a região encanta por suas águas abundantes, chapadões e serras com clima de savana, além da paisagem de cerrado, com direito a dunas alaranjadas, rios encachoeirados, nascentes e impressionantes formações rochosas.
A cada ano, cresce o número de brasileiros e estrangeiros que se aventuram rumo ao Norte do Brasil em busca desse, que já é um dos principais destinos do ecoturismo do país. A maioria dos atrativos está localizada nas cidades de Mateiros, Novo Acordo, Ponte Alta do Tocantins e São Félix do Tocantins. Em meio a 34 mil km² de paisagem árida, a região é cortada por uma imensa teia de rios, riachos e ribeirões, todos de águas transparentes e potáveis.
Os atrativos garantem diversão o ano inteiro, seja no período chuvoso ou de estiagem, de acordo com o perfil e interesse do turista. Para os mais aventureiros, a região é ideal para prática de esportes, entre eles o rafting, a canoagem, o rapel e as trilhas a pé e de bicicleta.
5 – OLINDA (Pernambuco)
Taí um nome facinho de entender! Em 1534, a Coroa portuguesa instituiu o regime de Capitanias Hereditárias. A Capitania de Pernambuco foi entregue ao fidalgo português Duarte Coelho, que tomou posse de sua capitania desembarcando, em 9 de março de 1535, na feitoria fundada em 1516, entre Pernambuco e Itamaracá. Pouco tempo depois, ele seguiu para o sul em busca de um lugar para se instalar. Encontrou um local estrategicamente ideal, no alto de colinas, onde existia uma pequena aldeia chamada Marim, pelos índios, instalando aí o povoado que deu origem a Olinda.
Um sítio protegido pela altura descortinando o mar, com um porto natural formado pelos arrecifes, água em abundância e terras férteis, e fácil de defender, segundo os padrões militares da época. O local era tão aprazível, que, conta-se, o nome Olinda foi dado a partir de uma frase dita por Duarte Coelho: “Ó linda situação para se construir uma vila”. Não se sabe o dia da fundação de Olinda; sabe-se que o povoado prosperou tanto, que em 1537, já estava elevado à categoria de vila. Em 12 de março de 1537, Duarte Coelho enviou ao rei de Portugal, D.João III, o Foral, carta de doação que descrevia todos os lugares e benfeitorias existentes na Vila de Olinda. Nas praias, a vila foi fortificada para a defesa e do alto das colinas se expandiu em direção ao mar, ao porto e ao interior onde ficavam os engenhos de açúcar.
Com o extrativismo do pau-brasil e o desenvolvimento da cultura da cana-de-açúcar, Olinda tornou-se um dos mais importantes centros comerciais da colônia, enriquecendo a tal ponto que disputava com a Corte portuguesa em luxo e ostentação. O traçado urbano da vila configurou-se, ainda no século XVI, com a definição dos caminhos e com a ocupação dos principais promontórios pelos religiosos. Com a chegada das primeiras ordens religiosas – carmelitas, em 1580, jesuítas, em 1583, franciscanos, em 1585, e beneditinos, em 1586, foi feita também a catequização dos índios, de fundamental importância para a conquista definitiva das terras.
Em 16 de fevereiro de 1630, a Holanda invadiu Olinda e conquistou Pernambuco. Tomada a cidade, os holandeses se estabeleceram no povoado e ilhas junto ao porto e abandonaram Olinda. Em 24 de novembro de 1631, os holandeses incendeiam Olinda, após retirar os materiais nobres das edificações para construir suas casas no Recife, que começa a prosperar sob a administração holandesa. Em 27 de janeiro de 1654, os holandeses foram expulsos e iniciou-se a lenta reconstrução da Vila de Olinda.
Depois de 1654, não se pode mais mudar o destino do Recife, que passa a ocupar aquele lugar antes Olinda. Será o Recife a sede, embora não oficial, e Olinda, secundarizada, se reconstruirá lentamente, não tendo mais a importância que teve naqueles anos anteriores a 1630. Mapa de meados do século XIX revela uma cidade, título obtido em 1676, ainda com as mesmas dimensões da antiga vila. É bem verdade que se reconstruíram, de forma monumental, as suas casas religiosas. O mercantilismo presente no Recife e a racionalidade daquela nova relação, à luz do novo mundo dos séculos XVI e XVII venceram afinal. Olinda tem seu futuro traçado diante do crescimento da importância do Recife. O centro histórico (atual), nesses meados do século XIX, ainda se encontrava envolvido por propriedades rurais, as maiores, os engenhos, na maioria de fogo morto, os da várzea do Beberibe, e as menores, os sítios, nas margens do Rio Beberibe e do mar.
Sendo Olinda lugar de moradias e onde estava instalada, desde 1827, a Academia de Direito, ela adquire certa importância com relação ao lugar de trabalho, o Recife. Mas é o interesse pelos salutares banhos de mar, recomendados pelos médicos, que lhe dá nova vida. Nova vida que é bem representada pelo interesse de uma ligação mais rápida, através de um trem urbano, com o Recife, esta se fez desde a Encruzilhada, por antigo caminho que existia desde o século XVI.
De princípio, os veranistas usavam casas de terceiros, alugadas para as temporadas de verão. Depois, são adquiridos imóveis e se torna hábito então morar na cidade, mesmo fora da temporada de veraneio. É o renascimento da cidade. Sente-se essa transformação naquelas casas próximas ao mar, onde elas se revestem com roupas ecléticas e, com as reformas das fachadas, são modernizadas. O que se restringia às áreas próximas às praias vai depois caminhar para as outras ruas da cidade. Uma transformação urbana que dá novo alento ao velho burgo. A água potável, levada às casas pela Companhia Santa Teresa, e a eletrificação, denotam a importância que readquire a cidade. Logo, o trem urbano é substituído pelos bondes elétricos, no início do século XX.
6 – FLOR DO SERTÃO (Santa Catarina)
Pois é… é sertão, mas fica em Santa Catarina! A denominação Flor do Sertão, conforme os moradores mais antigos, foi por causa de uma árvore de flores amarelas encontrada no meio da floresta no início da colonização, que julgaram ser o Ipê Amarelo, árvore que se tornou símbolo do Município.
No ano de 1952, algumas famílias de colonos gaúchos como a família de Otávio Cenedeze que foi a primeira, a família de Waldemar Silveira Ramos e de Geraldo Bresolin, oriundos dos municípios de Guaporé, Casca e Serafina Corrêa, chegaram atraídos pelas notícias de terras férteis, as quais proporcionavam grandes safras. Descendentes de italianos e portugueses, seguidos de alemães e mais tarde de poloneses, trouxeram consigo grande bagagem cultural, como a língua materna, os costumes, as tradições, os pratos típicos, as danças, a religião, além de muita força para o trabalho e vontade de vencer.
7- PEDRA DO ANTA (Minas Gerais)
O município de Pedra do Anta, possui grande potencial Turístico, entre eles se destacam o Turismo religioso em virtude, principalmente, pelo relevante valor histórico e representativo da religião na história do município, dando grande ênfase às comemorações das festividades católicas, como a festa de São Sebastião, Corpus Christi, Novena de Natal e Jubileu do Bom Jesus.
Vale ressaltar também, a riqueza arquitetônica da Matriz. Entre os atrativos naturais destacamos a importância do Rio Casca e suas cascatas, dando destaque para a famosa “Ilha de Antônio Carneirinho” e “Areião de Zé Camilo”. Podemos ressaltar também a maravilhosa topografia que nos permite uma visão privilegiada tanto da Serra do Brigadeiro (onde se encontra o Pico do Boné) e as demais cadeias de montanhas que nos circundam.
Areião do Zé Camilo
O Areião do Zé Camilo, tem esse nome por causa das areias que formavam após o período de chuva e virava uma prainha, onde muitos turistas se divertem em época de verão.
8 – ESPERA FELIZ (Minas Gerais)
A tradição informa que uma comissão de engenheiros, tendo sido enviada pelo Governo Imperial de D. Pedro II, para procedimento de pesquisas na região, acampou no local onde está situada a atual Praça da Bandeira, nesta cidade. Como de costume, alguns engenheiros, membros da comissão imperial, puseram-se à espera de possíveis caças que eram abundantes na região. Como era de se esperar, não faltaram caças e, após dias sucessivos, foram felizes naquela empreitada e daí surgiu o primitivo nome de ‘Feliz Espera’, mais tarde alterado para o de ‘Espera Feliz’.
‘Ligação’ foi outro topônimo recebido pela localidade ao tempo em que a Estrada de Ferro The Leopoldina Railway Company Limited ali construiu e inaugurou uma estação, fazendo a ligação ferroviária do Estado de Minas Gerais com o Espírito Santo, já no ano de 1912. Em seus primitivos tempos é de se presumir que a região foi habitada por índios Purís, não se podendo conhecer a que tribo indígena pertenciam, pela ausência de maiores comprovações históricas.
9 – HARMONIA (Rio Grande do Sul)
Em 1863, as terras onde hoje se encontra o município, pertenciam a Juca Teixeira, que morava em Parecy. O Sr. Pedro Kuhn foi encarregado pelo Governo para fazer a organização, medição e venda das colônias. Essas colônias seriam entregues aos novos agricultores alemães.
A origem do nome da localidade deve-se ao fato de, quando os primeiros moradores se estabeleceram na região, reuniram-se para cantar e fazer música. Este fato proporciona uma harmonia agradável entre seus componentes. Daí surgiu a denominação Harmonia.
10 – MARAVILHA (Alagoas)
Ainda bem que trocou de nome! O topônimo original de Maravilha foi Cova de Defuntos, pois existia no local uma grande cova onde eram sepultados os mortos da violência epidêmica de cólera que anlutou milhares de famílias no nordeste, naquela época. Passou pelo lugarejo, um sacerdote e visitando a localidade, exclamou: – Este lugar ainda será uma maravilha! Sua expressão foi gravada entre os habitantes do povoado e serviu mais tarde para dar nome à cidade. Seu povoamento deve-se a Domingos Gomes e a manoel Damião de Carvalho.
Um dos principais atrativos da cidade é a coleção de fósseis. Fundado no dia 18 de maio de 2007, o Museu Paleontológico Otaviano Florentino Ritir, proporciona aos moradores de Alagoas e aos turistas uma vasta história que conta através de fósseis de animais pré-históricos que viveram na região há cerca de 20 mil anos.
11 – ILHABELA (São Paulo)
A ilha de São Sebastião, a maior da costa Brasileira foi descoberta e identificada por Américo Vespúcio, a 20 de Janeiro de 1502, dando-lhe o nome do Santo do dia, São Sebastião.
O povoamento, desta faixa litorânea, pelo elemento branco, iniciou-se em 1608, contando como primeiros habitantes das terras que margeiam o canal de São Sebastião, dos lados da ilha e do continente, com Diogo Unhote e João de Abreu que vieram de Santos trazendo suas famílias para desenvolverem atividades agrícolas nas terras que haviam recebido por concessão do Capitão-Mor da Capitania de São Vicente.
Foto: https://www.ilhabela.com.br/
O Padre Manoel Gomes Pereira Marzagão construiu na ilha de São Sebastião, em fins do século XVIII, uma capela sob a invocação de Nossa Senhora da Ajuda e Bom Sucesso, formando-se, em pouco tempo, um povoado que ganhou o foro de Cidade e Município, graças a um cidadão que se projetou na história da Província e da região: o Capitão-Mor Julião de Moura Negrão.
A unidade político-administrativa compreendendo as ilhas de São Sebastião, Búzios, Vitória e outras ilhotas, foi decretada por ordem do Governador da Província de São Paulo, o Capitão-General Antônio José de França e Horta, em 1805, que a chamou de Villa Bella da Princesa, em homenagem à Princesa da Beira.
Reduzido à condição de Distrito de Paz, em maio de 1934, foi incorporado ao Município de São Sebastião e novamente elevado a Município em setembro do mesmo ano, passando a denominar-se Formosa, em 1940, e quatro anos depois, Ilhabela.
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12 – BONITO (Mato Grosso do Sul)
O núcleo habitacional que se transformaria na sede do município de Bonito iniciou-se em terras da Fazenda Rincão Bonito, que possuía uma área de 10 léguas e meia e foi adquirida do Sr. Euzébio pelo Capitão Luiz da Costa Leite Falcão, que aí se aportara em 1869, e é considerado o desbravador de Bonito, tendo sido também seu primeiro escrivão e tabelião.
Bonito está inserida na Serra da Bodoquena, com seus maciços de calcários, sendo estas rochas que propiciam as águas de uma transparência inigualável, fazendo dos rios, verdadeiros santuários da vida subaquática, com uma riqueza de espécies vegetais e de peixes.
O turismo teve seu início na década de 1980 e sempre vem caminhando de forma harmoniosa com a conservação ambiental, aproveitando as belezas naturais, especialmente as águas cristalinas, entre as mais límpidas do mundo.
13 – Chapada dos Veadeiros (Goiás)
O Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros fica no estado de Goiás, no centro do Brasil. É conhecido pelos deslumbrantes desfiladeiros e formações de cristais de quartzo. O rio Preto tem piscinas rochosas e quedas de água, algumas delas com mais de 100 metros de altura. O parque de biodiversidade alberga várias espécies de orquídeas e de vida selvagem, incluindo tatus, jaguares e tucanos. O acesso ao parque faz-se através das cidades vizinhas do Alto Paraíso de Goiás ou de São Jorge.
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14 – CACHOEIRO DO ITAPEMIRIM (Espírito Santo)
A história de Cachoeiro de Itapemirim começa como a de muitas outras cidades brasileiras – às margens de um rio e no ritmo do garimpo do ouro e da cultura cafeeira. A cidade localiza-se no sul do estado do Espírito Santo e se destaca por ser a mais importante cidade dessa região do ponto de vista econômico, status construído a partir do fim do século XIX, em decorrência da expansão cafeeira.
Em Cachoeiro, havia um porto que recebia todo o café produzido na região sul, uma vez que se localizava no último trecho navegável do rio Itapemirim. O café possibilitou a construção de vias de comunicação, especialmente a via férrea, a primeira da província; da luz elétrica, a primeira do estado; e de outros símbolos do “progresso” em plena expansão capitalista, além de incrementos na área de urbanização.
O nome da cidade deriva de um aspecto geográfico: os cachoeiros ou as cachoeiras do rio Itapemirim, rio que corta a cidade. Por causa desse aspecto geográfico, a cidade, como muitas outras do Brasil, desenvolveu-se econômica e urbanisticamente a partir do rio. Os cachoeirenses preferem o termo Itapemirim – caminho de água com pedras que formam pequenas cachoeiras.
A origem do nome Floresta Azul, dado por Manoel Peloto ao imóvel adquirido por título em 1916, é bastante discutida. Uns afirmam ter sido o nome inspirado pela observação da mata fechada, enquanto outros o atribuem às baronesas em flor que cobriam o Rio Salgado. O certo é que Floresta Azul começou a surgir com a abertura da estrada Palestina-Itambé.
15 – MAR DE ESPANHA (Minas Gerais)
Pois é, Minas tem mar e não é qualquer um, não! O Município teve como primitivos habitantes aventureiro que, desiludidos de acumular riquezas fáceis dos garimpos de outras plagas, lá aportaram devido às terras férteis, propícias à agricultura. O português Antônio José da Costa e o mameluco João Maquieira foram os precursores da fundação do lugarejo que recebeu o nome de ‘Arraial do Cágado’.
A agricultura, especialmente, voltada à cultura do café, atraía um número crescente de aventureiro, proporcionando breve ocupação do território. A pecuária também tomava vulto, ao tempo em que as lavouras se diversificavam crescendo a povoação. Aumentou o ciclo de progresso a descoberta de veios de caulim, faldspato e calcários diversos, iniciando-se a extração e comercialização do mármore branco que durou algumas décadas. Na atualidade o município é rico, em calcários comercializados sob a forma de corretivos do solo.
Consta que um espanhol, levado pela saudade da terra distante, teria exclamado, ao contemplar a cheia que inundava o rio Paraibuna, onde deságua no Paraíba: – ‘Parece um mar … um mar de Espanha’. Este o topônimo que recebeu o município.