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1º FESTIVAL DE TEATRO DO OPRIMIDO EM BH

Abril 5 18:00 Abril 12 23:00 -03

Um teatro para todas as pessoas capaz de transformar a sociedade. De 5 a 12 de abril, Belo Horizonte se torna palco do “Árvore” – 1ª edição do Festival de Teatro do Oprimido de BH. A iniciativa reúne artistas do Chile, Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia e Minas Gerais para celebrar os 55 anos da linguagem teatral que ficou reconhecida em todo o mundo, e foi criada por um brasileiro, o ator e diretor carioca Augusto Boal.

1º Festival de Teatro do Oprimido
1º Festival de Teatro do Oprimido – Espetáculo Cor do Brasil: FOTO : Alessandro Conceição

A programação, inteiramente gratuita, é composta por espetáculos, oficinas, intercâmbios, exibição de documentário e bate-papos, e acontece em onze espaços da capital: na Funarte MG, nos Centros Culturais São Geraldo, Vila Marçola, Venda Nova, Liberalino Alves de Oliveira, Zilah Spósito e Lindeia Regina e nos Centros de Convivência São Paulo, Rosimeire Silva e Arthur Bispo do Rosário, no CRCP – Centro de Cultura Popular e Tradicional Lagoa do Nado e no CERSAM Venda Nova.

A curadoria é de Herlen Romão, Jackeline Monteiro, Lucas Costa e Mari Sena, que também assina a coordenação geral ao lado de Cris Diniz. As inscrições para as oficinas estão abertas. + Info.: @arvore_festival_to O Festival conta com o apoio da Funarte MG, o patrocínio da Diefra Engenharia e Consultoria e é realizado com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte.

O Teatro do Oprimido surge em 1970 com o carioca Augusto Boal, no Brasil, em resposta à censura e à repressão. “É um método que incita a mobilização, o pensamento crítico, a ação  teatral como instrumento de transformação social. Realizar esse festival é afirmar a potência da linguagem criada por Boal, ao reunir pessoas, trocar informações, compartilhar vivências e desafios, ao construir junto novas pontes e novos saberes.

E ainda, proporcionar um espaço de intercâmbio artístico e fortalecimento de artistas, grupos, arte educadores e iniciativas de teatro popular que trabalham com foco nas questões sociais e nos direitos humanos”, comenta a artista, produtora cultural, educadora, multiplicadora do Teatro do Oprimido há 15 anos, e idealizadora do festival Mari Sena, que desde 2022 nutria o desejo de criar em Belo Horizonte um Festival dedicado a essa vertente do teatro.

Não por acaso, “Árvore” foi o nome escolhido para representar o festival, conta Mari Sena: “A árvore é um símbolo do poder de multiplicação e frutificação no Teatro do Oprimido. Ela representa a estrutura pedagógica do Método, que tem ramificações coerentes e interdependentes. Cada ramo da árvore do Teatro do Oprimido corresponde a uma técnica desenvolvida em um período específico da vida de Boal, como o Teatro Jornal, o Teatro Fórum, o Teatro Legislativo, o Teatro Imagem, entre outras”, explica.

Ao contrário do teatro “de quarta parede”, definido historicamente pela aristocracia – aqueles que atuam e aqueles que assistem -, no Teatro do Oprimido a prática se dá de forma coletiva onde todos são atores e espectadores. Um teatro onde os meios de produção teatral são de todos. Uma socialização do fazer teatral.

“O Teatro do Oprimido nunca foi muito praticado na caixa cênica propriamente. A gente trabalha mais nas comunidades, favelas, periferias; trabalha a questão dos marcadores sociais, como gênero, raça, classe; A questão do racismo, da violência contra mulher; E a questão da luta contra o capitalismo que acaba massacrando pessoas pobres e sem terras; a luta contra o agronegócio. Então, o Teatro do Oprimido está em todos os locais onde há opressão, principalmente no letramento racial e social, principalmente na escola e na escola pública”, comenta Licko Turle, que assina a direção de “O pregador – Teatro-Fórum Antirracista” – espetáculo doColetivo Pele Negra / Gesto /Cia de Teatro da UFBA (BA), que será apresentado no Festival de Teatro do Oprimido de BH.

O artista e pesquisador conheceu Boal, em 1986, e junto com ele e outros quatro animadores culturais fundou o Centro de Teatro do Oprimido (CTO), do Rio de Janeiro. Possui sete livros publicados sobre Teatro de Rua, Teatro do Oprimido e Teatro Negro. Atualmente, é coordenador da Pele Negra – Escola de Teatros Pretos e do CTO da Bahia. “O TO nunca foi tão necessário uma vez que a extrema direita tem crescido em diversos países. Como propõe a tomada do poder pelo operário e pelo oprimido, é como uma arma ou uma ‘arte marcial’ como Boal gostava de dizer. Está mais vivo e necessário do que nunca”, explica.

1ª Árvore: Festival de Teatro do Oprimido

5 a 12 de abril (Sábado a sábado)

8 espetáculos + 4 Oficinas + 1 exibição de documentário + 4 Desmontagens cênicas +

2 Encontros para compartilhamento e trocas

Espetáculo “Suspeito” (RJ)

Grupo de Teatro do Oprimido Cor do Brasil | Teatro-Fórum com sessão de Teatro Legislativo | Duração: 2h | Direção Artística: Bárbara Santos

Rio de Janeiro

05/04, sábado, 18h, FUNARTE BH

Espetáculo “Qual é o seu lugar?” (RJ)

Coletivo Madalena Anastácia | Teatro-Fórum | Duração: 1h20min|

Direção artística: Bárbara Santos

06/04, domingo, 18h, FUNARTE BH

Espetáculo “Gêneres” (RJ)

Centro de Teatro do Oprimido | Teatro-Fórum | Duração: 1h |

Direção: Bárbara Santos

07/04, segunda, 19h, FUNARTE BH

Espetáculo “Doidinho para trabalhar” / Niterói (RJ)

Grupo de Teatro do Oprimido Pirei na Cenna | Teatro-Fórum | Duração: 50 min|

Direção Artística: Claudia Simone Santos

08/04, terça, 13:30h,Centro de Convivência São Paulo

Documentário Pirei na Cenna: trajetória de uma luta (RJ)

Grupo de Teatro do Oprimido Pirei na Cenna | documentário | Duração: 22min42s

08/04, terça, 19h, FUNARTE BH

Espetáculo “Devagar Escola” (BH/MG)

Calcinha de Palhaça | Teatro-Fórum | Duração: 1h

Direção: Elisângela Souza Contagem /MG

10/04, quinta, 14h, Centro Cultural São Geraldo

Espetáculo “Animita” (Viña del Mar / Chile)

Sinestesia | Teatro Jornal Estética Participativa| Duração: 1h

Direção: Roberto Pino

10/04, quinta, 19h,Centro Cultural Venda Nova

Espetáculo “Passá- Tempo: Encruzas, Ancestralidades e Identidades” / Jequié (BA)

Romis Ribeiro e Lessya Felipe | Teatro Imagem| Duração: 20 min

Concepção, interpretação e encenação: Lessya Felipe e Romis Ribeiro

11/04, sexta, 19h,Centro Cultural Vila Marçola

Espetáculo “O pregador – Teatro-Fórum Antirracista” / Salvador (BA)

Coletivo PELE NEGRA/GESTO (BA)/cia de Teatro da UFBA | Teatro-Fórum| Duração: 1h15min| Direção: Licko Turle

12/04, sábado, 16h,CRCP/Parque Lagoa do Nado – Tenda do Bosquinho

OFICINAS

Oficina “TO e Juventude: Arte e Transformação!” (BH/MG)

Com Gabriela Serpa Chiari

05/04 e 12/04, sábado, 13 às 18h, Centro Cultural Lindeia Regina

Inscrições até 31/03: https://forms.gle/dKT9jhzE54WTKgma7

20 vagas para pessoas entre 12 e 18 anos. Inscrição via formulário, com seleção por ordem de inscrição.

Curso de Aprofundamento em TO: dos Jogos à cena de Teatro-Fórum – Processos da práxis Curinga (RJ)

Com Alessandro Conceição e Manu Marinho

07,08,09 e 10/04, segunda a quinta, 9:30 às 12:30, FUNARTE BH

Inscrições até 31/03: https://forms.gle/8SN2rHKVY5aU67BW8

Público alvo: Pessoas que já possuam experiência no método Teatro do Oprimido e que tenham atuação comunitária e artística junto a grupos teatrais.

Oficina “Da imagem a ação – Introdução ao Teatro do Oprimido na Rede de Saúde Mental” São Paulo (SP)

Com Regina Ferrari e Micheli Aparecida De Paula

07/04, segunda, 14 às 16:30, Centro de Convivência Rosimeire Silva

08/04, terça, 9 às 11:30, Centro de Convivência São Paulo

09/04, quarta, 14 às 16:30, Centro de Convivência Arthur Bispo do Rosário

11/04, sexta feira, 14 às 16:30, CERSAM  Venda Nova

Público alvo: Pessoas Usuárias e Profissionais da Rede de Saúde Mental.

Sinopse: Introdução aos jogos e técnica do Teatro do Oprimido, sobretudo o Teatro Imagem. Convidamos usuários e profissionais a participarem e consequentemente conhecerem, brincarem, serem artistas e se afetarem pelo método.

Oficina “Teatro na Melhor idade: encenando e protagonizando suas próprias histórias”

Jequié (BA)

Com Léssya Felipe e  Romis Ribeiro

07/04, segunda, 14 às 16h, Centro Cultural Liberalino Alves de Oliveira

08/04, terça feira, 14 às 16h, Centro Cultural Venda Nova

09/04, quarta feira, 14 às 16h, Centro Cultural Zilah Spósito

10/04, quinta feira, 14 às 16h, Centro Cultural Vila Marçola

12/04, sábado, 10 às 12h, Centro Cultural Lindeia Regina

Público alvo: Pessoas maiores de 60 anos

Inscrições até 31/03: https://forms.gle/dKT9jhzE54WTKgma7 

Oficina “Mulheres no Espelho” (BH/MG)

Com Mari Sena

Belo Horizonte / MG

22/03, sábado, 9 às 13h

28/03, sexta, 19 às 21h

29/03, sexta, 9 às 13h

Centro Cultural Usina da Cultura

Público alvo: Pessoas socializadas como mulheres maiores de 16 anos.

Inscrições até 21/03: https://forms.gle/dKT9jhzE54WTKgma7

Sinopse: Através do TO e das técnicas do Teatro das Oprimidas, serão abordadas, debatidas e refletidas situações de opressão vividas pelas pessoas participantes, a partir de seu cotidiano. Serão experimentados de maneira prática os jogos do método, além da criação cênica com o Teatro – Imagem.

ENCONTROS

Encontro de compartilhamento “Práticas e desafios”

06/04, domingo, 14h, FUNARTE BH

As pessoas interessadas em participar poderão se inscrever até 31/03 em https://forms.gle/Jks1FvxDJTT9Wijj6 

Neste encontro, as pessoas praticantes e multiplicadoras do Teatro do Oprimido são convidadas a compartilhar e discutir suas vivências, práticas e desafios com o Teatro do Oprimido. Mediação: Prof Dr Licko Turle

História do TO em Belo Horizonte

09/04, quarta, 19h,FUNARTE BH

O Teatro do Oprimido é um método teatral praticado nos cinco continentes. Augusto Boal, criador do método, percorreu diversos locais, sistematizando metodologias, dialogando, refletindo e construindo esse método, com toda sua potência! Em Belo Horizonte, a multiplicação do TO iniciou a algumas décadas e, neste encontro, vamos bater um papo sobre toda essa história.

Mediação: Profª Drª Rita Gusmão

Pessoas convidadas: Herlen Romão, Lucas Costa, Dimir Viana, Gabriela Serpa Chiari, Marcelo Borges, Cida Falabella, Meire Regina, Nuno Arcanjo.

DEMONTAGENS CÊNICAS

Bate papo pós espetáculos para trocas sobre as apresentações e fóruns, abordando aspectos da dramaturgia, curingagem, dentre outros. Contribuindo assim para a formação dos grupos, a multiplicação e fortalecimento das práticas.

Desmontagem Espetáculos Suspeito e Qual é o seu lugar?

07/04, segunda, 14 às 16h, FUNARTE BH

Desmontagem Espetáculo Gêneres

08/04, terça, 14 às 16h, FUNARTE BH

Desmontagem Espetáculo Doidinho para trabalhar

09/04, quarta, 11/04, 14 às 16h, FUNARTE BH

Desmontagem Espetáculos Animita e Devagar Escola

11/04, sexta, 14 às 16h, Centro Cultural Vila Marçola