CIDADES QUE AGUARDAM PATRIMÔNIO HISTÓRICO
Quando o assunto é patrimônio histórico, o Brasil dispõe de um verdadeiro tesouro que mantém viva a memória de nosso passado. Para lembrar da importância de preservar e conhecer a história do nosso país.
Em todo o Brasil, 23 locais, em 17 estados, já foram reconhecidos como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. Independente da região do país, há sempre uma opção por perto para aqueles que desejam aproveitar o tempo livre para viajar para um destino que revela o passado do país. Mais informações no site do IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional)
PARATY (RIO DE JANEIRO)
Em Paraty, cada esquina guarda um pedaço da história do ciclo do ouro. Suas ruas de pedra e arquitetura preservadas oferecem uma experiência única para quem deseja conhecer o Brasil colonial. Mas Paraty não é só história. É também um destino de belezas naturais que tornam essa viagem ainda mais especial. Assim, em 2019, a cidade foi o primeiro local a se tornar patrimônio cultural e natural na América do Sul. Até então, apenas sítios arqueológicos – e não locais de cultura viva – eram reconhecidos de forma mista pelos dois aspectos.
PETRÓPOLIS (RIO DE JANEIRO)
Imagine caminhar pelos mesmos salões que outrora abrigaram a Família Imperial Brasileira. Em Petrópolis, essa viagem ao passado é possível. A cidade, carinhosamente chamada de Cidade Imperial, guarda o Museu Imperial, onde o legado de Dom Pedro II e sua família é mantido vivo em cada detalhe. Além da história, a Cidade Imperial encanta com sua arquitetura e paisagens que fazem dela um refúgio perfeito para quem busca tanto conhecimento quanto apreciar a beleza da cidade.
Tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em 1964, o conjunto urbano-paisagístico da Avenida Köeler foi construído nos séculos XIX e XX e se destaca pelo estado íntegro de seus aspectos, apesar do tempo. A área inclui todo o entorno do rio Quitandinha, se estendendo até a Praça Rui Barbosa.
OLINDA (PERNAMBUCO)
Olinda é uma joia rara do Brasil colonial. As ruas de paralelepípedo, ladeiras com casas coloniais e igrejas históricas são um verdadeiro convite para voltar no tempo. O centro histórico, protegido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), não é apenas um local de preservação, mas também um espaço onde a cultura pernambucana floresce em festividades como o famoso Carnaval de Olinda. Aqui, a história e a alegria se encontram em perfeita harmonia.
Declarada Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade pela Unesco em 1982, Olinda foi a segunda cidade brasileira a receber o título. Entre os exemplos da arquitetura dos séculos XVI e XVII, pautada na religião, o Convento e Igreja de Nossa Senhora do Carmo, e o Convento de Nossa Senhora das Neves, que integra o conjunto arquitetônico do Convento de São Francisco, são alguns dos destaques. Ao todo, o centro histórico da cidade compreende mais de 1,2 km², contemplando mais de 1500 imóveis de estilos arquitetônicos variados.
SALVADOR (BAHIA)
O Brasil começou em Salvador. Primeira capital do país, a cidade é um mosaico de culturas e tradições que se refletem em sua arquitetura, gastronomia e nas manifestações culturais afro-brasileiras. Por isso, visitar Salvador é se deixar envolver pela energia de um lugar que celebra o passado e o presente com igual intensidade.
Em 1985, o centro histórico de Salvador foi designado, pela UNESCO, como Patrimônio Mundial. Para o IPHAN, a região é um exemplar significativo do urbanismo ultramarino português, transplantado para o Brasil. Dividida em dois planos – com o porto e o comércio na cidade baixa e residenciais e funções administrativas na cidade alta -, seus edifícios dos séculos XVI a XIX valorizam a arquitetura religiosa, civil e militar.
OURO PRETO (MINAS GERAIS)
Ouro Preto é um símbolo da história do Brasil. Suas ladeiras íngremes, igrejas barrocas e museus contam a saga do ciclo do ouro e da Inconfidência Mineira, movimento crucial na luta pela independência do Brasil. Andar por Ouro Preto é como folhear as páginas de um livro de história, onde cada detalhe arquitetônico narra uma parte da construção do país que conhecemos hoje.
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Em 1980, a cidade foi a primeira do país a receber o título de Patrimônio Mundial, conferido pela UNESCO. O sítio urbano pouco alterado desse destino – que se formou a partir de um sistema minerador, marcado pela interferência religiosa e governamental – não perdeu sua essência ao longo do tempo, fator que contribuiu para seu reconhecimento pela instituição. Uma das obras-primas locais, a Igreja de São Francisco de Assis é uma dos marcos protegidos.